Abaixo um resumo do que tivemos que aprender para apoiar a implementação de um backup, item que não é da nossa área de atuação, por isso colocaremos as informações que nos foram necessárias para implementar o funcionamento de uma solução de backup. Por ser um assunto um pouco mais extenso, dividimos nos seguintes passos:

Conhecendo sobre Backup: 01 – Conceitos
Conhecendo sobre Backup: 02 – Entendendo as etiquetas das fitas de backup
Conhecendo sobre Backup: 03 – Administrando a Tape Library
Conhecendo sobre Backup: 04 – Primeiros passos com o Veeam Community

Antes de falarmos em backup, é importante o entendimento dos seguintes conceitos:

Mídias LTO

Mídias LTO são fitas de dados sequencias, essa característica as torna de alta capacidade de armazenamento com um baixo custo. Porém com um tempo alto de leitura, já que precisa percorrer a fita até chegar no dado desejado.

Essas mídias foram evoluindo de capacidade e velocidade ao passar dos anos. Para identificação as mesmas são classificadas por geração:

Tipo de mídiaLTO-1LTO-2LTO-3LTO-4LTO-5LTO-6LTO-7LTO-8LTO-9
Capacidade nativa*100GB200GB400GB800GB1.5TB2.5TB6TB12TB18TB
Com compressão200GB400GB800GB1.5TB3TB6.25TB17TB30TB
*sem compactação/compressão

Uma unidade de fita normalmente consegue ler e gravar em fitas de sua geração e da geração anterior apenas, conseguindo ainda ler fitas de duas gerações anteriores. Por exemplo: uma unidade LTO-7 consegue gravar em fitas LTO-6 e LTO-7, mas apenas consegue ler fitas LTO-5.

Política de retenção

Como o nome diz, são documentos formais sobre como a TI se responsabiliza em mandar os dados sensíveis, quais são esses dados e por qual período. O nível de retenção e de detalhamento da própria política varia de acordo com a necessidade da empresa. Sobre ela é importante saber:

  • Diário, semanal, mensal e anual: Em uma boa prática de backup é interessante ter armazenado os seguintes dados (alterando de acordo com o que é importante para cada negócio):
    • Os últimos 5 backups anuais;
    • Os últimos 12 backups mensais;
    • Os últimos 4 backups semanais e;
    • Os últimos 7 backups diários.
  • GFS: É um acrônimo sobre o plano de backup baseado em hierarquia de três níveis: avô, pai e filho (utilizando o modelo diário, semanal e mensal). Nesse tipo de backup um dos filhos (por exemplo: o primeiro backup diário) é “promovido” a retenção de backup semanal e um dos backups semanais é retido como backup mensal do ambiente. Dessa forma consegue-se ter um ciclo com níveis mais assertivos de guarda e garantia de recuperação dos dados críticos do ambiente, além de renovação da fitas diárias.

Tape Library

A tape library é um conjunto de tecnologias para prover uma solução de backup de maior volume. Ela é composta de:

  • Drive(s): Unidade(s) de leitura e escrita. O equipamento que lê uma fita.
  • Magazine(s): Local para armazenamento de diversas fitas, para serem usadas sob demanda, quando necessário.
  • Robô: É um conjunto de componentes eletrônicos para automatizar as ações necessárias para identificar, pegar, inserir e trocar fitas dos magazines para os drivers. Normalmente possui um braço mecânico e uma leitora de código de barras para executar a tarefa.
  • Código de barra: Os códigos de barras possuem padrões específicos, cada slot (gaveta) da magazine também possuí um código para permitir ao robô saber quando houver uma gaveta vazia e também perceber se houver algo no slot que não é “legível” pelo leitor de código de barras. Falamos um pouco só sobre código de barras, sugerimos que leia esse nosso post Backup: 02 – Entendendo as etiquetas das fitas de backup 

Tipos de backup (full, diferencial e incremental)

Apesar de algumas ferramentas usarem nomes diferentes para cada tipo, ou disponibilizarem apenas alguns desses métodos, o que encontramos por definição é que cada arquivo possuí um atributo informando se o mesmo possuí um backup, quando esse arquivo é alterado o atributo de backup é retirado. Isso é usado para que as ferramentas saibam quais arquivos foram alterados desde o último backup. Com isso:

  • Quando é feito um backup do tipo Full, todos os dados são copiados cada arquivo é marcado o atributo A de backup.
  • Quando é feito um backup do tipo Diferencial, os dados quem foram alterados são feitos backup e não é marcado o atributo A de backup.
  • Quando é feito um backup do tipo Incremental, os dados quem foram alterados são feitos backup e é marcado o atributo A de backup.

Ou seja, a diferença entre o Diferencial e o Incremental é marcar ou não que o arquivo possuí backup. O Diferencial não marca o arquivo e por isso faz novamente o backup desse conteúdo até um novo backup Full, aumentando a cada dia o tempo do backup, mas em caso de uma restauração só é necessário o backup Full e o último backup Diferencial.

Já o Incremental é mais rápido para fazer backup, pois só copia o que foi alterado desde o último backup Full ou Incremental. Mas para restaurar o ambiente é necessário restaurar o backup Full e todos os backups Incrementais até o ponto que se deseja.

Fontes/Referências

NVLAN – Conhecendo sobre Backup: 02 – Entendendo as etiquetas das fitas de backup
NVLAN – Conhecendo sobre Backup: 03 – Administrando a Tape Library
NVLAN – Conhecendo sobre Backup: 04 – Primeiros passos com o Veeam Community

https://fr.wikipedia.org/wiki/Grandfather-Father-Son_Backup
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linear_Tape-Open
https://support.hpe.com/hpesc/public/docDisplay?docId=emr_na-lpg50082
https://www.controle.net/faq/tipos-de-backup-o-que-e-backup-full-incremental-e-diferencial
https://www.tandbergdata.com/us/index.cfm/support/compatibility/tape-drive-media-compability-matrix/
https://www.lto.org/lto-9/

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