Quanto mais aprendemos como gestores, mais percebemos que pode ser fácil copiar metodologias e modelos de trabalhos (frameworks ITIL, SCRUM, entre outros), mas não tão fácil copiar hábitos de uma equipe eficiente. O que mais percebi, em minha carreira, é o quanto tentamos usar estratégias para moldar comportamentos individuais, que guiam o comportamento coletivo (equipe), para ambientes mais eficientes.

Os cinco desafios das equipes falados aqui são uma referência ao livro Os 5 desafios das equipes: Uma história sobre liderança, uma fábula de liderança sobre superar obstáculos e unir um grupo de executivos desunidos que prejudicam uma empresa. Essas tendências representam obstáculos comuns que as equipes enfrentam ao tentar funcionar de forma eficaz, os cinco desafios são:

Os 5 desafios da Equipe

Abordando os problemas: Imagine uma instituição com equipes altamente técnicas e especializadas, com colaboradores atuando como especialistas. Existe uma harmonia onde todos possuem a mesma opinião em reuniões e que todos os gestores demonstram o quanto concordam e ainda sempre complementam de uma forma que apoie o que já foi dito, mas que na prática, quando a empresa levanta os resultados, não ocorre uma mudança significativa.

No ambiente descrito em “5 desafios das equipes”, não é comum vermos outros colaboradores estarem disponíveis, assumindo riscos nem demonstrando fraquezas, pois não se sentem livres nem confiantes para fazê-lo, gerando a “Ausência de confiança”, tanto individual quanto coletiva. Ao contrário, existe no subconsciente coletivo a ideia de encontrar quem é o elo mais fraco e (por associação) ser o culpado.

E quando os colaboradores não se sentem em um ambiente seguro eles têm medo, medo de se expor, de agir contra o habitual, de que sejam apontados como culpados e/ou punidos. Por isso, nas reuniões se decide fazer mais do mesmo, tudo isso pelo “Medo de conflitos” de discordar da visão ideal (ou até utópica) criada pelo especialista em uma determinada área/assunto.

A dificuldade em realizar algo com excelência aumenta quando as equipes não concordam em executar a visão idealizada e, por causa disso, acabam não se comprometendo na execução do mesmo. Elas acreditam que o visão que esse colaborador tem sobre como algo deveria ser feito é diferente do que a empresa precisa. A “falta de comprometimento” está em não se importar com o projeto como ele está definido.

Instaurada a insatisfação silenciosa sobre o caminho a ser seguido, com zelo em como agir para não se expor e muito menos discordar, surge o desapego sobre a responsabilidade, “Evitar responsabilidades” faz total sentido em um ambiente em que não parece ser saudável ser cobrado ou discordar dos outros. A partir daí, não tem como me comprometer se eu nem sei qual é o real objetivo, o resultado passa a ser “o que acontecer, aconteceu”, com desânimo e descrença no processo e nas equipes, sem cobrança em se fazer o melhor não existe razão para ser otimista em relação aos objetivos a serem concluídos e a “falta de atenção aos resultados” surge como um final triste de um ciclo de descrença em cada um, em cada time, em cada equipe e na empresa.

Concluindo em relação aos problemas: Onde não há liberdade e confiança os colaboradores se sentem em um campo minado. Nesse tipo de ambiente as pessoas não estão em uma corrida, estão em uma guerra e precisam apenas sair vivos… e é claro que ninguém quer um holofote sobre si quando se está em uma guerra.

Cabe aos gestores demonstrarem que existem conflitos saudáveis para resolver problemas, mostrar que se cada um souber e mostrar suas fraquezas (nossos pontos fracos), poderão como um time contornar e usar estratégias para antecipar os problemas e manter a eficiência (as vulnerabilidades não devem ser usadas CONTRA a pessoa e nem para penalizar de nenhuma forma). O mérito sobre o resultado coletivo irá puxar o time a atuar junto e cobrar de cada indivíduo quando necessário, sem precisar da cobrança do líder para isso.

Estando claro os objetivos e a equipe confiando uns nos outros e entendendo que não serão punidos quando se expuserem, também se sentirão confortáveis para cobrar as responsabilidades uns aos outros e se tornará possível que cada equipe entenda que não é “fazer o melhor”, mas sim se comprometer sobre a responsabilidade, com foco no resultado.

Fontes/Referências

https://amazon.com.br/Os-5-desafios-das-equipes/dp/8543102944
https://sextante.com.br/livros/os-5-desafios-das-equipes/

Mais Informações

Esperamos ter ajudado da melhor forma possível e estaremos sempre a disposição para mais informações.

Se você tem interesse em algum assunto específico, tem alguma dúvida que precisa de ajuda, ou quer sugerir um post, entre em contato conosco pelo e-mail equipe@nvlan.com.br.

NVLAN - Consultoria
Categorias: Governança